segunda-feira, 10 de agosto de 2009

das panelas e da cozinha!





Sempre achei que as panelas na minha casa eram uma entidade a parte, não porque gostasse delas, muito pelo contrário. As panelas significavam que estar na cozinha exigia trabalho, cançaso, correria; de fritar o bife, refogar o arroz, fazer a salada e ainda ter que almoçar correndo pra dar conta do resto da rotina diária. Essa, na verdade, é a minha memória da infância e da adolescência daquele universo que rondava a cozinha lá de casa. Talvez por isso fiquei longos anos cozinhando arroz de saquinho, comendo em restaurantes incessantemente e também por necessidade, comendo em RU na época da faculdade (deste em especial não sinto nenhuma falta, a não ser dos amigos, do barulho e da bagunça), mas sempre sonhava com a quele arroz cozido e grudendo e super bem temperado que só minha mãe naquela correria do dia a dia sabia fazer! Ainda sonho com esse arroz diariamente pois o meu nunca vai ser igual ao dela, pois ele não tem correria, filhos querendo ir pra escola, trabalho, dever de casa! A cozinha pra mim, vinha acompanhada de tudo isso, talvez por isso ela fosse pesada demais! Alguns anos depois tive assim minha própria cozinha e mesmo assim ainda relutava em olhar para aqueles jogos de panelas, para o arroz de todo dia. Ano passado ao adentrar numa loja de departamenos cheias de promoções de jogos de panelas e faqueiros não resisti! Mas não resisti pois já tinha há algum tempo sido enfeitiçada pelo cheiro da cozinha e das cebolas e dos aromas...lembram de "Como água para chocolate?" A cozinha há alguns anos tem sido lugar do refúgio, do encontro, das risadas, do tempo da vida, dos sabores e dos aromas! Fui enfeitiçada! O grande penar é que ainda não consigo pensar naquela cozinha do dia a dia, aquela da minha mãe...ela pra mim ainda é isenta de todos os prazeres acima talvez por conta das escolhas do trabalho e de tantas outras ao longo do dia... de pesquisar, de estudar, de dar aulas, de fazer aulas! Bem que tenho tentado ser feliz com uma panela no fogão todo dia, mas acho que não tenho tanta vocação para trabalhar e ser dona de casa como a geração da minha mãe! Mas já aprendi que a boa mesa reúne tantas maravilhas que é impossível não olhar para aquele jogo de panelas e para o faqueiro sem querer usá-lo tanto quanto eles merecem ser manuseados na minha mesa diária...ou, só nos fins de semana!

2 comentários:

  1. Pris, eu tb conecto a cozinha à festividade dos amigos, à alegria dos encontros e à diversão regada a um bom vinho, ou a uma cerveja bem gelada...deve ser por isso que sempre quero quebrar a parede que separa a sala de jantar da cozinha, ou então ter uma cozinha deeeeeeeeeeeesse tamanho ! Igual à da Dri.

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  2. FILHINHA,
    APESAR DA CORRERIA,DO CANSAÇO, DO ARROZ GRUDENTO POR FALTA DE TEMPO,TUDO VALEU MUITO A PENA... OS ALMOÇOS SEMPRE EM FAMÍLIA,PRINCIPALMENTE AOS DOMINGOS.
    COMO BONS MINEIROS, SEMPRE A MESA É O LUGAR DE REUNIÃO, DE UMA BOA COMIDA E. . . QUANTAS ALEGRIAS JÁ VIVEMOS AO REDOR DE UMA BOA MESA.
    APESAR DE SABER QUE ADORA O ARROZ GRUDENTO, SEI TAMBÉM FAZER UM ARROZ SOLTINHO,VIU? AGORA TENHO TEMPO. . .
    NÃO DESISTA DA COZINHA COMO PRAZER.
    TRISTE MESMO É NÃO TER PARA QUEM COZINHAR OU NÃO SABER APROVEITAR A COMPANHIA DE ALGUÉM NAS REFEIÇÕES.
    UMA BOA MESA SEMPRE PARA VOCÊ, E COM MUITO PRAZER. . .
    SINTO SAUDADES DA SUA COMPANHIA E DE SEU SEMPRE BOM APETITE.
    BEIJOS!

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